- Dom Ernesto de Paula - 2o. Bispo de Piracicaba
Construindo vidas – Uma estória de fé
A aquisição do terreno do mosteiro das carmelitas ocorreu-se assim:
Dom Ernesto procurou por vários bairros de Piracicaba um terreno conveniente, pois não queria que fosse muito longe do centro da cidade, desejando que o acesso ao mosteiro fosse de facilidade a todos, principalmente aos sacerdotes.
Nessas suas andanças, passando um dia de carro nesta região da Vila Boyes, que era totalmente descampado, Dom Ernesto simpatizou-se com o local e, num ato de fé e de intimidade com São José, lançou uma medalhinha do santo neste local. Depois foi perguntando quem seria o proprietário do terreno, chegando ao conhecimento que se tratava de um terreno da família de Dona Elvira Boyes.
Procurou o diretor da fábrica Boyes, Comendador Louis Clement, o qual marcou uma reunião com a diretoria em São Paulo.
Comendador Louis Clement acompanhou D. Ernesto até São Paulo, onde se encontraram com os filhos de Dona Elvira Boyes, que já era falecida.
Os filhos de Dona Elvira eram de profissão religiosa anglicana e D. Elvira era católica.
Dom Ernesto iniciando a conversa disse que estava ali para pedir a doação de um terreno para o convento das carmelitas. Um dos filhos, mostrando-se surpreso, disse a Dom Ernesto que a mãe havia deixado em seu testamento o desejo de que fosse doado a uma instituição religiosa católica e que eles, sem procurarem, estavam tendo a oportunidade de realizar esse último pedido da mãe.
No mesmo dia eles passaram a escritura do terreno a Dom Ernesto que voltou feliz agradecendo a seu São José, e foi comunicar às irmãs essa graça de Deus.
Enquanto era construído o mosteiro, com a ajuda financeira das famílias das primeiras irmãs, seus trabalhos manuais e juntamente com o povo de Piracicaba, D. Ernesto instalou as irmãs na sua antiga residência na Rua 13 de maio, 787.
A planta do convento foi feita pela nossa co-fundadora Madre Teresinha e o engenheiro responsável foi Pietro João J. G. Ghirardi, seu cunhado.
Estando ainda o mosteiro inacabado, as irmãs mudaram-se para o convento e desde então passaram a contribuir com o trabalho braçal: arrancando pedras, colocando piso, construindo calçadas, fazendo e carregando
massa para ajudarem os pedreiros.
Assim realizaram o desejo que Deus havia inspirado em seus corações.
“Mostra-me a Tua Face.”
Ex 33,13
Deixando uma mensagem àquelas que se sentem chamadas à vida carmelitana:
O Espírito Santo nos impulsiona para o alto, para o céu e este caminho deve ser percorrido com determinação, apoiada nos braços do bom Deus. Ele sempre nos chama, é necessário responder ao Seu apelo.
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